quinta-feira, 23 de junho de 2011

Que nome tem?


Há semanas que venho querendo expressar de alguma forma tudo o que tenho sentido, por tudo o que tenho recebido nestes últimos meses. Por favor, permitam-me algumas palavras, enquanto elas ainda conseguem ser escritas.

Quem é aquele que, apesar dos desencontros, te entrega a chave da casa e não se importa com a louça que você esqueceu suja?
Quem é aquela que fica feliz de te receber em casa, mesmo que o marido tenha acabado de voltar de viagem, para dividir sala com você?
Quem é aquele que, mesmo que você não veja, te passa seu carro como se fosse teu?
Quem é aquele que quando te vê, levanta-se de onde está deixando sua roda para vir te dar um abraço?
Quem é aquela que preparou o quarto extra como num hotel, só pra te dar boas vindas?
Quem são aqueles que te fazem sofrer uma avalanche de emoções, que transborda deles, no momento de um reencontro?
Quem é aquela que não julga teu cabelo comprido, e te dá um abraço como quem abraça um filho, pra te dizer que estava com saudades?
Quem é aquele que não sabe o que fazer pra te agradar quando você já se sente mais do que lisongeado pelos cuidados recebidos?
Quem é aquela cuja amizade expressa com palavras que simplesmente te comovem mesmo num mero dia de aniversário?
Quem é aquele que chora emocionado quando você conta os milagres que Deus fez a você na semana passada, sem percerber que ele mesmo fez parte deles?
Quem é aquele que nem te pergunta mas sabe que está te salvando o mês ao cobrir a tua conta num momento de necessidade?
Quem é aquela que pensa nos teus filhos como se fossem os seus próprios, sem medir esforços para atendê-los?
Quem é aquele que te ouve até alta madrugada, pra te fazer perceber que a vontade de Deus está muito além dos teus sentidos?
Quem são aqueles, aos quais você procura fazer de tudo pra devolver uma fração do cuidado provido que você não merecia?

Que nome tem? Se eu chamá-los de amigos, parece tão pouco... se eu os chamasse de irmãos, soaria tão igrejeiro... que nome eles tem?

Eles são como as mãos do Pai, trazendo Seus braços até onde parecia impossível, fazendo o que estava muito além do que eu poderia, muito mais do que eu merecia.
Paizinho, cuida e abençoa estas mãos, que fazem viva e real a Tua presença, constrangendo meu coração a reconhecer o Teu amor no meio de nós.