terça-feira, 13 de maio de 2008

Partilhando a vida

Estava lendo ainda a pouco a primeira carta que Paulo escreveu aos crentes de Tessalônica, e pude ter um pequeno vislumbre do que ocupava a mente dele ao viajar ensinando as pessoas a viverem uma vida diferente daquela que elas estavam acostumadas a viver. O aspecto fundamental da carta de Paulo é certamente a expressão do profundo carinho de Paulo, Silas e Timóteo pelos novos amigos que eles fizeram em Tessalônica, a quem ensinaram a viver uma vida quieta e serena cheia de alegria, amor fraternal e paz, ganhando o respeito e a confiança de todos ao viverem imitando a Jesus em seu novo estilo de vida. A saudade de Paulo, Silas e Timóteo revela-se tão intensa que Timóteo foi enviado para visitá-los e trazer notícias de como estavam os crentes (Paulo teria gostado de nossa comunicação global instantãnea via internete, não acham?). Ao saber que estava tudo bem com os Tessalonicenses a despeito da oposição que estavam sofrendo, Paulo escreve transbordando de alegria: "como podemos agradeçer a Deus o suficiente por tanta alegria que vocês nos proporcionam?"*

É evidente que Paulo tem uma relação muitíssimo mais estreita com os seus irmãos em Cristo do que nós temos com a maioria dos nossos irmãos em Cristo. Vejam só o que ele diz na carta: "Nós os amamos tanto que foi uma delícia partilhar com vocês não só as boas novas, mas também nossa própria vida, uma vez que vocês se tornaram tão queridos para nós!" Ah, quantas vezes somos encorajados a partilhar somente o evangelho e desencorajados de partilhar a vida?! Lamentavelmente isto acontece mais frequentemente do que deveria acontecer...

Será que não é para isso que serve igreja? Partilhar não somente as boas novas, mas também e principalmente a nossa própria vida? Este é também um dos objetivos deste blog. Portanto amiguinhos, não se acanhem. Partilhem conosco suas vidas :-)


* Tomei a liberdade de parafrasear o texto biblico para lhe dar uma roupagem menos formal e propositadamente omiti a referência exata para encorajar a leitura completa do texto. A carta não é longa e vale a pena ser lida.

2 comentários:

L disse...

Belo post, minha "cara-metade." :-)
Partilhar a vida com os amigos é uma de minhas atividades favoritas, diga-se de passagem.

Pra quem ainda não leu, vale à pena ler este post, viu?

P.S. estamos chegando aí no Brasil dia 6/6 pra passarmos alguns dias e podermos "partilhar a vida" um pouquinho com vocês nossos amigos.

cibele disse...

Klebert, esse post é a minha cara..rsrs porque na verdade o único que postei até hoje é isso - eu partilhando a minha experiência sobre o tema em questão (aliás, é no que eu e a Lily mais nos identificamos...)

Há quase 2 anos eu li em um grupo de estudos o livro "Conexão" do Larry Crabb e aprendi que a igreja é de fato esse grupo de pessoas conectadas, que de fato partilham a vida, com suas lutas, dúvidas e momentos de grandes experiências de fé. São pessoas a quem se pode dizer tudo sem medo de ser julgado e se ouve tudo com o sentimento de aceitação - ainda que não compreendendo, amando - porque sabemos que precisamos igualmente (ainda que por motivos diferentes) do perdão de Deus.
Um grupo unido, ciente de que ninguém nunca é melhor ou pior que o outro, pois cada um tem os próprios pontos.
Tem uma parte em especial que eu amei, quando ele cita que nos piores momentos de dúvida, ele lembrava-se da experiência de vida que tinha partilhado com essas pessoas, e que não havia argumento lógico que suplantasse esses verdadeiros "testemunhos vivos", que o faziam continuar crendo em Deus, mesmo nas horas de escuridão... Ele pensava: "mas se tudo isso for mentira eu teria que achar que a vida de fulano também é uma mentira - e isso não posso dizer, eu acompanhei!"

Isso só reforça a idéia do seu post: realmente partilhar nos une, nos fortalece, nos move e até sustenta...