segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Antes que novembro acabe...

... E com ele o mundo, que desde o meu último post, de 13 maio, já mudou bastante, deixem-me dizer algumas palavras.

Novembro não acabou ainda, mas o mundo como existia em maio sim. De lá para cá o barril do petróleo, e consigo o preço da gasolina no Estados Unidos, foi simultaneamente na extratosfera e no abismo. A economia, e seus índices, tiveram uma das mais dramáticas e espetaculares quedas já testemunhadas. Não que ninguém tivesse previsto o rompimento da bolha, mas que ninguém de fato previu a escala global do problema e a incapacidade dos especialistas em concordar sobre uma solução, que dirá engendrar uma solução. A mais longa e mais cara campanha eleitoral já testemunhada no EUA chegou ao fim, com incríveis incidentes e contornos, e um final inegavelmente histórico.

Com mudanças tão dramáticas e imprevisíveis acontecendo em espaço de tempo tão curto, como podemos sequer manter a sanidade e o senso de continuidade? Talvez nossos sentidos já estejam entorpecidos pela velocidade natural do mundo pós-moderno saturado de blackberries, instant messengers, celulares, comunicação global, internet, etc, que nem nos admiramos mais do passo em que as mudanças ocorrem. Talvez nos falte mesmo tempo para refletir no meio do frenezi ou simplesmente uma referência a um mundo lento, evoluindo em eras geológicas. Que conversa então seria essa de insanidade ou preocupação com continuidade, poderia alguém perguntar.

Mas antes que novembro acabe, e chegue o mês das festas e o clima de fim de ano, de tempo de retrospectiva, de receber o ano novo com novas resoluções e planos, antes que novembro acabe, reflito nas palavras pertencentes ao inconsciente coletivo adventista: os últimos acontecimentos serão rápidos.

Seriam estes os últimos acontecimentos? Com certeza serão, antes das celebrações do primeiro advento no ano que em breve termina. Mas bem que poderíam ser últimos antes das celebrações do segundo advento em um mundo que em breve termina, não acham?

2 comentários:

cibele disse...

São um e outro ao mesmo tempo, não são? Mas "correm" em relógios diferentes...

Lilian disse...

Pô, tá bonito este post, o xuxu tava inspirado, hein? (pra quem não conhece a gente, eu sou a esposa do digníssimo postante, e desde eras imemoriais, partilhadas pelos outros contribuintes deste blog, eu o chamo carinhosamente de xuxu, ou chouxchoux [em francês], como queiram ;-)

Gostei sim desta chamada à reflexão e espero poder atendê-la em breve.