Anos atrás Dr. Lee, o médico coreano arauto da alimentação saudável, que gostava de cantar aquela musiquinha "smile", dizia que a mensagem de saúde era a "mão mirrada" do Adventismo. É interessante ver que o Adventismo hoje encontra-se na posição mais favorável em mais de um século e meio de existência para dar ênfase ao estilo de vida saudável como parte integrante da cosmovisão Adventista. O mais interessante é que o momento chegou através da prestigiosa revista National Geographic (para aqueles que ainda não viram o link clique aqui).
Mais do que estufar o peito com aquele orgulhosinho enrustido, acho que esta descoberta sobre os princípios de saúde do adventismo e seu resultado direto na longevidade deve servir de encorajamento para darmos mais atenção aos tais princípios, apoiemos iniciativas governamentais e não-governamentais pró-saúde e usemos os mesmos princípios para nos conectar com pessoas seculares que partilhem os mesmo valores. Especialmente no último caso, precisamos ser sérios no exercício dos princípios que julgamos valorizar sob o risco de parecermos incoerentes.
Está na hora da mão mirrada ser curada.
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5 comentários:
Realmente a referência literária não tem NADA à ver (refere-se inclusive à mortalidade precoce), mas o assunto é de fato relevante e "estelar."
Não fica um tiquinho difícil quando se vê adv fiel aos princípios de saúde morrendo de câncer, sofrendo com alergias e outras doenças? E quando se vê os irmãozinhos "alfacistas" (termo novo, aprendi recentement haha na boa) aparentando menos saúde do que os carnívoros? Com que autoridade poderíamos falar?
Gostaria sinceramente de poder defender essa mensagem tintim por tintim (de que deveríamos zerar açúcar, carne, queijos, etc), mas do jeito que as coisas são na prática, acho difícil... dá pra conciliar sem virar mais uma voz com uma "receita milagrosa" da longevidade e qualidade de vida?
Klebertius, parece que tem um documentário hollywoodiano vindo por aí enfocando essa questão do estilo de vida adventista x longevidade e justamente fiquei pensando no orgulho que bate em todo adevê que melhor faria praticando essa mensagem do que só se ufanando por ela. Fredón, acho que sua percepção é muito subjetiva. Tem alfacista (gostei) podre e comedor de carne saudável, mas tem também o contrário. A questão da reforma da saúde, no fim, é muito mais ampla que só os aspectos dietéticos. A comida era só um dos elementos distintivos do Eden, deveríamos tentar reproduzir os outros todos o mais possível. Nem sempre - ou quase nunva - vai dar.
Ah Marcão, eu sei... é verdade, tem de tudo "dos dois lados". (E sim, sim, a questão do estilo de vida vai bem além das comidinhas da Elisa)
Mas eu sinto falta de referências sólidas. Por mais que eu goste do Dr. Lee (estou lendo o livro dele e gostando), não sei se dá pra citar ele como referência. Não acho nada sobre ele nem internet, nem nas bases de dados científicas (ok, ok, podem me acusar de cientificismo mas é meu trabalho, pô rs).
O que eu quero dizer é que fica difícil entrar num debate sobre saúde usando só Bíblia, Dona Branca e Sidionil Biazzi (meus respeitos). Uma das únicas evidências incontestáveis, ao meu ver seriam os velinhos de Loma Linda. Aí deveria ser feito um estudo sério. Pra gente não fazer a propaganda com ares de charlatanismo (porque tem gente que mistura tudo, e acha que se cura câncer só tomando suco de beringela!).
Ou já está rolando alguma coisa nesse sentido, alguém sabe?
Esses dias conversei com a Marle sobre alguém fazer uma tese de doutorado sobre o fenômeno dietético nos crentes do sétimo dia e o purismo dietético vigente no século XIX (voces ainda lembram algarismos romanos?). O ponto é justamente desmistificar a mensagem de saúde e coloca-la em perpectiva, sob uma luz mais "saudável", semelhante aos esforços de desmistificar a irmã branca. Marle, se você estiver lendo esse blog, da para dar alguma contribuição?
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