terça-feira, 3 de maio de 2011

Contra fatos não há argumentos, certo?

Se você ainda não se deu conta, Osama Bin Laden, o "master mind" dos ataques de 11 de setembro de 2001 está morto. Descobri ontem de manhã ouvindo o rádio a caminho do trabalho. Hoje ouvia o rádio novamente e o comentarista discutia a estratégia dos EUA para desacreditar rumores de que o terrorista não foi morto e tudo não passou de uma armação.

Como é que alguém prova que Bin Laden está morto? Exames de DNA? Fotos dele com uma bala na testa? Filme dele resistindo ao ataque? Um funeral de corpo presente com testemunhas? E assim começam a proliferar teorias conspiratórias que desafiam a lógica.

Engraçado. Vivemos em um tempo onde teorias conspiratórias das mais absurdas tomam corpo revestidas de uma racionalidade estapafúrdia. Exemplo: uma fatia não despresível da população americana acredita que o presidente Obama nasceu fora do território americano. A paranóia chegou a tal ponto no cenário político e na mídia que o seu certificado de nascença foi distribuído recentemente pela Casa Branca. Agora vem a parte mais interessante. Seria de se esperar que a apresentação do documento encerrasse o assunto, certo? Errado! Não satisfeitos, os mais teimosos (e lunáticos) incrédulos, propõem intricados desdobramentos para explicar como a evidência é forjada. Não importa o montante de evidências, sempre existe aqueles que creem no que desejam crer contra fatos e evidências. Você já conversou com alguém que defende que a viajem a lua foi na verdade um piquenique no deserto do Arizona? De volta a Bin Laden. Que tal dar para os que defendem que ele não morreu o ônus da prova? Se ele não morreu, que venha a público!

Neste ponto faço uma ligação com a cosmovisão cristã. Por ocasião da ressurreição de Jesus, os líderes que levaram a cabo o assassinato desejavam lançar em descrédito a notícia do Messias ressurreto. A versão conspiratória porém não foi capaz de produzir um corpo morto como prova. Os defensores da ressurreição apontavam como evidência o Cristo vivo, visto em público. Seria isto suficiente para encerrar o assunto?

5 comentários:

Marco Aurelio Brasil disse...

Klebs, engraçado que eu este final de semana assistia a um programa sobre evidências da ressurreição aqui na TV Novo Tempo. Não sou chegado em teorias conspiratórias, mas por que raios jogaram o corpo do cara no mar tão rápido? Por que não filmaram, fotografaram, sei lá?

Gabriel Henríquez disse...

Como eu twittei, esta morte de Bin Laden poderia ser algo semelhante às armas de extermínio em massa do Afeganistão, sobre as quais o Tony Brair era o único a dizer "eu vi, pode crer!", para justificar a invarsão dos EUA no referido país. Neste caso, ainda não ficou claro o motivo da falta da prova, mas devido ao histórico, isto fica cheirando mal... "Não basta ser honesta, tem que parecer honesta."

Klebert disse...

Marcão, Acho que eles filmaram e fotografaram sim. Tem se discutido como e o que liberar para a mídia. Sobre a pressa de jogar o cara no mar tao rápido, a desculpa tem sido cumprir rituais póstimos ao molde mulçumano que reuqer sepultamento em 24hs.

Gabriel Henríquez disse...

Rsrsrsrs ... as racionalidades sobre a questão também acontecem no sentido oposto, neste caso no porquê da demora na apresentação das provas.
Fico com a impressão de que de qualquer forma há uma manipulação, independente de qual seja realmente o ocorrido, pois estas "racioanalidades" estão presentes em ambos discursos, claro que alguns mais exagerados que outros...

cibele disse...

E por que, raios, eles respeitaram os rituais póstumos islâmicos???