Olá Pessoal,
Estou observando a discussão interessante aí que está rolando...
Tenho sensações estranhas sobre os grilhões que parecem nos prender a pre-conceitos. Parece claro que buscamos novas formas de agregações religiosas, ou mesmo que seja, redescobrir a roda.
Realmente passei um sábado muito agradável com o Gabriel e outros amigos, mas também me pareceu que não estamos muito prontos para não estar em um ambiente com paredes e um cara estranho falando lá da frente, dizendo-nos o que fazer o que não fazer, sendo que ele nem nos conhece.
Coloquei esse título do post porque essa idéia me parece também meio contraditória, ou uma história incompleta. Confesso que esse insight também não está claro na minha mente, mas vou tentar expor o que tenho pensado sobre. Vai que alguém dá uma luz aí.
Quando Jesus ordena o IDE, Ele realmente nos mandava ir? Nem sempre Ele foi. Várias vezes vieram a Ele. Ahhh, outra coisa, Jesus utilizou todas as ferramentas possíveis de evangelismo? Não há mais nenhuma forma que possa ser diferente?
Por que pergunto tudo isso? Lendo as coisas do blog, parece que vejo a gente tentando misturar tudo ao mesmo tempo, não que esteja errado, mas parece que queremos padronizar soluções. Queremos montar nossa vida pessoal, profissional, religiosa, financeira tudo no mesmo saco. Vocês acham que é por aí? Bom, mas aí vão falar, você não pode separar essas coisas, você tem de ter religião na sua vida pessoal, sua vida profissional é recheada da sua vida pessoal e mais a sua ética que vem atrelada à sua religião. E é claro, tudo acaba sendo misturado.
O que acabo vendo disso tudo é que buscamos, a partir de ambientes diferentes, situações diferentes, culturas e padrões diferentes tentar achar algo comum para nossas reuniões religiosas e aplicações do famoso IDE.
É claro que esse modelo que está aí da nossa religião (instituição) já não nos atende mais, mas será que não seria o caso de cada um de nós ver que a solução é ainda mais personalizada que imaginamos? Ou seja, a forma que penso para mim num interior e sem filhos pode não ser a mesma para o Gabriel, cosmopolita, com filhos, e nem para o Klébert estrangeiro. Pode ser que para um de nós, o IDE signifique vá, e procure pessoas, faça o marketing que Jesus algumas vezes se utilizou mandando os curados contarem o que tinha ocorrido a eles. Para outros de nós, pode ser que o IDE signifique seja uma âncora segura para quem procurar você.
Eu estou aprendendo essas personalizações de acordo com as necessidades pessoais das pessoas que tenho contato. Sempre tivemos a pretensão de massificar as pessoas que procuram Jesus. Então a igreja faz séries de conferência e dá um caderninho básico com as crenças que a massa tem de ter. Mas sempre acontece que não é isso que as pessoas procuram. As pessoas procuram outras pessoas. As pessoas procuram Jesus, por diferentes formas. Hoje, procuro entender as necessidades e aí eu estudo para poder suprir essas necessidades. Claro eu gosto muito de estudar sobre o santuário, e por isso, eu sempre achei que essa era a maior necessidade de conhecimento das pessoas. E não é. Santuário e coisas afins são a minha necessidade.
Acho que atender essas pessoas nas suas necessidades é que fará nossa igreja. Isso será nossa igreja. Como o Klébert citou e estamos carecas de saber é que a Dona Branca já dizia que um cara do Reino já nasce missionário. Penso que sempre tivemos a concepção errada sobre isso. Estou atualmente entendendo que esse ser missionário envolve o atendimento às necessidades das pessoas. Assim como Jesus atendia às necessidades reais.
Por isso, nessa semana comecei a pensar que cada um de nós vai descobrir a melhor forma de ser a sua igreja. De agregar a essa igreja seus mais próximos e estimular que cada um também faça isso, mas como serão pessoas diferentes, serão formas diferentes, atendendo a necessidades de pessoas diferentes, e creio que Deus as atenderá a cada um, conforme a necessidade de cada um.
Como seria interessante um encontro dessas pessoas. Todos contando como Deus operou nelas de formas diferentes, em tempos diferentes, e acho que isso faria melhorar inclusive nossa própria compreensão do evangelho.
Isso seria uma igreja "Contemporânea pós-moderna"?
Isso renegaria o princípio da unidade em Cristo?
Bom pessoal, é isso aí. Vamos discutir isso.