quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Constatação

Interessante. Hoje me dei conta de que nós só dedicamos tempo para aquilo que está no topo da nossa lista de prioridades. (Novidade!) Refiro-me não a lista de prioridades que gostariamos de seguir (dormir cedo, fazer dieta, arrumar o quarto), mas aquela que autenticamente capta o nosso interesse. Temos interesses que eu chamaria de intrínsecos (me interesso por futebol, logo gasto um tempão acompanhando a bola rolando aqui e no mundo), mas também os despertados por fatores externos (comecei a namorar, logo gasto um tempão planejando surpresas para a namorada).

Não é novidade que no mundo secular a maioria das pessoas não inclui a experiência religiosa na lista de prioridades. Surpreedentemente, várias pessoas associadas a religião organizada também não. Isso não que dizer que em algum momento o interesse com assuntos religiosos não cresça vertiginosamente. Muitas vezes esse interesse é despertado por fatores externos, de preferência cataclísmicos como o 11 de setembro ou o tissunami. Na experiência individual não é diferente.

O que anda me incomodando em tempos recentes é procurar descobrir como vou despertar o meu próprio interesse por uma autêntica experiência religiosa sem ser pelo auxílio de eventos cataclísmicos na minha experiência pessoal. Acho que parte da nossa iniciativa de começar esse blog tem que ver com o fato de que nossa conversa aqui naturalmente vai despertar mais o interesse, meu pelo menos, trazendo o tema um pouquinho mais pra cima em nossas prioridades. Sinto que o diálogo é fundamental, o que anda faltando um pouco na minha experiência recente. Se não dar para ser feliz sozinho, muito menos dá para ser cristão sozinho.

3 comentários:

Gabriel Henríquez disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Gabriel Henríquez disse...

Fiquei pensando nas suas últimas palavras neste post. Por que não dá para ser cristão sozinho? Ok, eu também aprecio amigos e uma boa conversa, inteligente e livre de presunções. Mas pensando mais amplamente, decidi escrever o post seguinte a este... pois eu também quero me manter motivado, mas não tem sido fácil...

Marco Aurelio Brasil disse...

Durante um tempão eu pensei que deveria desenvolver um tipo de independência espiritual, ou seja, ter meu relacionamento intocado a despeito do que acontece do lado de fora. Não sei bem se isso é possível. Deus é um ser social e somos criados à Sua imagem e semelhança.