sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

O choque das civilizações

Teminei esses dias um livro fantástico, The River of Doubt (O Rio da Dúvida), que conta a dramática história da expedição liderada pelo ex-presidente dos Estados Unidos Theodore Roosevelt em companhia do legendário Marechal Rondon nas entranhas da floresta Amazônica para explorar o desconhecido rio da Dúvida, tributário do rio Amazonas. Dentre a miríade de perigos enfrentados pelos protagonistas um dos mais aterrorizantes era a morte nas mãos dos índios da tribo dos Cinta Larga, que até então (1913) jamais haviam entrado em contato com a civilização. Apesar de terem evidência da presença dos índios que os observavam silenciosamente, os membros da expedição não travaram contato com eles provavelmente escapando de virarem refeição em um ritual primitivo. Em um momento brilhante no fim do livro, a autora descreve como muitos anos depois os Cinta Larga, uma das últimas civilizações sobreviventes da idade da pedra, finalmente fizeram as pazes com a civilização que sabia como levar o homem à lua.

Nossa civilização continua se transformando intensamente. O simples fato que estou despejando aqui minhas idéias para o "mundo" (e você está lendo) é uma prova disso. As transformações tem colocado muitos antigos paradigmas na contra mão da história. Aqueles em maior risco de colisão são os religiosos. Esses paradigmas estão colidindo violentamente com as convicções da sociedade pós-moderna e sendo atropelados impiedosamente pela opinião moderada e o senso comum. Se você já se sentou num banco de igreja sem cinto de segurança deve saber do que eu estou falando mesmo sem eu ter dado nenhum exemplo concreto.

Pois bem, a pergunta é, como a nossa civilização medieval vai fazer as pazes com a civilização pós-moderna?

PS. Caso alguns dos nossos leitores fiéis estejam preocupados com quando vai sair o próximo post, doravante proponho-me a não seguir eras geológicas.

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