sexta-feira, 21 de março de 2008

Igreja boa funciona sem Pastor

Pensando na relação entre igrejas e pastores.
Prá mim, igreja boa é aquela que os membros já fazem o que deve ser feito, e já sabem o que devem fazer. Nessas igrejas, o pastor pode se dedicar apenas a auxiliar, orientar e atrapalhar o menos possível os membros da igreja. É nessas igrejas que os pastores não fazem falta e se estão ou não, as coisas continuam como sempre. É preciso ser maduro prá ser pastor numa igreja assim.
Nas igrejas que os membros são trabalhosos, muito do esforço do pastor se dá para resolver problemas, e aí, ele fica sem energia e sem condições de realizar o serviço mínimo pastoral adequado.
Nos últimos posts nós falamos sobre os pastores, mas por outro lado, os membros tb tem uma parcela imensa de responsabilidade sobre as coisas que acontecem na igreja.
É uma relação dupla, onde um reflete o outro. A massa reflete o pastor e vice-versa.
Como membros, acho que temos de trabalhar prá sermos independentes. Acho que não devo esperar muito que o pastor seja bom pregador, talvez a gente tenha de ser um, talvez não deva esperar que o pastor seja um bom reconciliador, e sim, trabalhar para que nós sejamos os melhores reconciliadores... e penso que isso deve valer prá todas as qualidades e talentos e dons... Pq penso que os pastores não são os detentores dos dons e sim os membros. Os pastores devem organizar esses dons para que haja unidade de pensamento e trabalho.
Acho que deu prá entender o que estou pensando por aqui hoje...
Boa pascuinha prá vcs todos...

5 comentários:

Klebert disse...

Não sei se você se lembra dos tempos de GEA, poucos eram os pastores que apreciávamos que viessem nos visitar. Via de regra gostávamos daqueles que ofereciam alimento sólido, ou seja ideias teológicas profundas e inteligentes (convidamos alguns assim para os acampamentos), mas principalmente daqueles não se colocassem em um pedestal ou NOS colocassem em um pedestal. Pois bem, considero que o GEA era uma "igreja" muito boa, e funcionou muito bem sem pastor. O interessante é que quando tivemos nossa igreja universitária aqui nos EUA, ela nunca decolou enquanto o pastor da igreja mãe tentava dirigir ou impor as atividades. Quando ele passou a agir como "colaborador", tivemos sucesso. Uma das coisas que mais admiro e respeito naquele pastor foi sua capacidade de aprender com o grupo, modificar sua atitude e assim permitir que o programa desse certo.

cibele disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
cibele disse...

Uau! É issoooo!!
É a atitude de servir em qualquer nível da hierarquia que faz a toda a diferença, sabermos que somos "iguais" ainda que com funções diferentes como as partes do corpo...

Gabriel Henríquez disse...

Fazendo uma analogia ao GEA, não tínhamos níveis de hierarquia estabelecidos... a liderança se dava pela disposição em ajudar, pelo serviço prestado ao grupo. Este paradigma é pouquíssimo explorado pelos grupos sociais em que participamos (no trabalho, na escola, na igreja, etc.). Talvez seja pela insegurança inerente deste processo, sustentado pela iniciativa voluntária das pessoas envolvidas, cuja motivação deveria ser o servir somente. É difícil quebrar a cultura reinante e adotar um novo paradigma de relacionamento...

Pastores sem Respeito disse...

É preciso entender o que vc deseja expressar com "funciona sem pastor". Na verdade o problema não é hierarquia ou algo assim, porque ser pastor é ser servo, a ceia é uma figura disso, o pastor é aquele que serve os que servem, seguindo o bom exemplo de Jesus, aliás, foi ele que os designou, o trabalho pastoral é o trabalho apostólico, não mandam nem chefiam, mas orientam, ensinam. Apontam a direção. O pastor não é apenas necessário, a sua presença é bíblica e sua designação Divina.